Os Irmãos em Cristo consideram a Bíblia Sagrada como a única regra de fé e prática. Suas doutrinas seguem integralmente os ensinamentos bíblicos e são fundamentadas nela. As crenças aqui expostas refletem a percepção e expressão da Igreja em relação aos ensinamentos bíblicos.
Graça é o favor imerecido de Deus para com a humanidade. Ela é manifestada principalmente através da salvação oferecida por Jesus Cristo, que morreu pelos pecados do mundo para que todos possam ser reconciliados com Deus. A graça é um dom gratuito de Deus, não podendo ser alcançada por obras humanas, mas somente pela fé em Jesus Cristo. Ela transforma vidas, capacitando os crentes a viverem de acordo com a vontade de Deus e a resistirem ao pecado. A graça também se manifesta diariamente, sustentando e fortalecendo os crentes em suas caminhadas espirituais.
Ef 2:8-9; Rm 3:24; Tt 2:11-12; 2 Co 12:9; Hb 4:16
Jesus veio revelar o Pai, mostrando que Deus deseja um relacionamento profundo com Seus filhos. Este relacionamento é caracterizado pelo amor, cuidado e orientação divina, onde Deus se apresenta como um Pai amoroso . Jesus ensinou que, através da reconciliação, somos chamados filhos de Deus e podemos nos aproximar dEle com confiança. Deus, como Pai, oferece proteção, provisão e disciplina, visando nosso crescimento espiritual . Assim, a paternidade de Deus nos assegura um lugar em Sua família e uma herança eterna.
Ef 1:5; Gl 4:5-6; Rm 8:15-17; 1 Jo 3:1; Jo 1:12; Rm 8:14; Gl 3:26; Ef 2:19; Rm 8:23
A reconciliação é uma obra exclusiva de Deus Pai, realizada por meio de seu Filho Jesus, com o propósito de resgatar os filhos através da pregação do evangelho, levando Cristo aos nossos irmãos para que conheçam o Pai. Esta missão de reconciliação reflete a graça e o amor de Deus . Por meio de Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, suplicando que as pessoas se reconciliem com Deus.
2 Co 5:18-19; Jo 14:6; Ef 2:8-9; Jo 3:16; 2 Co 5:20; Rm 10:14-15.
A Escrituras Sagradas, composta por 66 livros no total, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento são a Palavra inspirada por Deus, infalível e suficiente para orientar a fé e a prática cristã. Essa doutrina, conhecida como sola Scriptura, afirma que as Escrituras são a autoridade suprema em todos os assuntos de fé e conduta. A Bíblia revela claramente a vontade de Deus para a salvação através de Jesus Cristo e é acessível aos crentes pela orientação do Espírito Santo. Portanto, as Escrituras são vistas não apenas como um livro sagrado, mas como a revelação viva e eficaz de Deus para a humanidade.
2 Tm 3:16; Sl 119:105; Jo 5:39; Hb 4:12; Rm 10:17
A adoção é um ato soberano e gracioso de Deus, tornando-nos Seus filhos e herdeiros por meio de Sua vontade e propósito. Este ato espiritual, que não depende de ação humana, oferece benefícios como intimidade com Deus, certeza de Seu amor, recebimento do Espírito Santo e direito à herança eterna. Realizada pela graça e sacrifício de Cristo, a adoção nos faz membros da família de Deus, distinta da justificação e com plenitude manifestada na redenção futura.
Ef 1:5; Gl 4:5-6; Rm 8:15-17; 1 Jo 3:1; Jo 1:12; Rm 8:14; Gl 3:26; Ef 2:19; Rm 8:23
A aliança de Deus é essencial para a relação entre Ele e a humanidade. Devido à grandeza de Deus, a vida eterna só é possível através de uma aliança voluntária estabelecida por Ele. Após a queda do homem, Deus instituiu o Pacto de Graça, oferecendo salvação através de Jesus Cristo e exigindo fé para a salvação. Este pacto foi revelado progressivamente até sua plenitude no Novo Testamento, baseado na aliança eterna entre o Pai e o Filho para a redenção dos eleitos.
Lc 17:10; Jó 35:7-8; Gn 2:17; Gl 3:10; Rm 3:20-21; Rm 8:3; Mc 16:15-16; Jo 3:16
A criação é vista como o ato soberano de Deus, que fez todas as coisas do nada em seis dias, para Sua própria glória . Deus criou o universo e tudo nele perfeito e bom, revelando Seu poder, sabedoria e bondade . A humanidade foi criada à imagem de Deus, com dignidade, propósito e responsabilidade de cuidar da criação . A criação depende continuamente do sustento e governo de Deus, que preserva e dirige todas as coisas para cumprir Seus planos soberanos .
Gn 1:1; Hb 11:3; Gn 1:31; Sl 19:1; Rm 1:20; Gn 1:26-27; Cl 1:16-17
A Igreja representa o corpo de Cristo, composto por todos os crentes genuínos, independentemente de denominação, unidos em comunhão. A igreja é encarada como uma comunidade que proclama o Evangelho, discipula os crentes e pratica a justiça e a misericórdia. Cada membro da igreja é capacitado por dons espirituais dados por Deus para servir uns aos outros e ao mundo. A autoridade da igreja reside na Palavra de Deus, que orienta sua fé e prática. A colaboração global entre igrejas é vista como essencial para cumprir a missão de fazer discípulos de todas as nações.
1 Co 12:12-27; Ef 4:11-13; Mt 28:19-20; Tg 1:27
A justificação pela fé é onde pecadores são declarados justos diante de Deus somente pela fé em Jesus Cristo, não por suas próprias obras. Isso é fundamentado na convicção de que a salvação é pela graça através da fé, e não por méritos humanos. A fé é vista como um dom de Deus, capacitando os crentes a confiarem exclusivamente na obra expiatória de Cristo na cruz para sua salvação. A justificação pela fé destaca a soberania de Deus na salvação e a suficiência da obra de Cristo como base única para a aceitação do pecador diante de Deus.
Ef 2:8-9; Rm 3:21-26; Gl 2:16; 1 Tm 2:5
A esperança da redenção final promete que toda a criação será restaurada, superando o sofrimento causado pelo pecado. Um dia, os céus e a terra atuais serão destruídos e renovados, criando novos céus e uma nova terra onde habita a justiça. A Nova Jerusalém será o centro desta nova criação, representando a comunhão perfeita entre Deus e os redimidos. Na nova terra, a presença de Deus será plena, eliminando sofrimento e morte. A nova criação será purificada e livre do pecado, refletindo a harmonia original do Éden.
Rm 8:19-21; 2 Pe 3:10-13; Ap 21:2-3; Ap 21:3-4; Is 11:6-9
A queda do homem ocorreu quando Adão, representando toda a humanidade, desobedeceu a Deus no Éden, trazendo pecado e morte ao mundo. Todos os seres humanos herdaram uma natureza pecaminosa e estão sob a justa condenação de Deus. O pecado resultou na separação de Deus e na corrupção total da natureza humana. O castigo pelo pecado é a morte espiritual e eterna, mas através da fé em Jesus Cristo, os crentes podem ser redimidos. A redenção é um ato de graça, onde Deus imputa a justiça de Cristo aos pecadores arrependidos.
Rm 5:12; Rm 3:23; Ef 2:1-3; Rm 6:23; 2 Co 5:21
A doutrina da Trindade ensina que Deus existe como um único ser em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, que são coiguais, coeternos e consubstanciais. Embora distintas, as três pessoas compartilham da mesma essência divina e estão unidas em propósito e natureza (1). O Pai é a fonte de toda divindade e o iniciador da criação e da redenção (2), enquanto o Filho é o Verbo encarnado, o redentor da humanidade e mediador entre Deus e os homens (3). O Espírito Santo aplica a redenção aos crentes, habitando neles, santificando-os e capacitando a igreja (4). A Trindade participa tanto na criação quanto na redenção do mundo, revelando-se essencial para a compreensão cristã de Deus e Sua obra (5).
Mt 28:19; 1 Co 8:6; Jo 1:1-14; Jo 14:16-17; Ef 1:3-14
A Ceia do Senhor é um sacramento instituído por Jesus para lembrar Sua morte e fortalecer a fé dos crentes. Ela simboliza o corpo e o sangue de Cristo, representados pelo pão e pelo vinho. Participar da Ceia é um ato de comunhão com Cristo e entre os membros da igreja. É também uma ocasião para examinar a si mesmo e confessar pecados. A Ceia não é um meio de salvação, mas uma confirmação da graça recebida pela fé.
1 Co 11:23-26; Mt 26:26-28; 1 Co 10:16-17; 1 Co 11:28; Ef 2:8-9
A vivência de uma conduta cristã bíblica é fundamentada na santificação contínua dos crentes, pela obra transformadora do Espírito Santo. Isso se manifesta na obediência à Palavra de Deus como padrão de vida, na evidência e prática dos frutos do Espírito Santo, e no engajamento ativo na comunidade da igreja local para adoração. Os cristãos são chamados a testemunhar de Cristo através de suas vidas, evangelizando e vivendo com moralidade e ética cristãs. Tudo isso é possível pela graça de Deus, dependendo Dele para viver em arrependimento, amor ao próximo e perseverança na fé.
1 Ts 4:3-4; Jo 14:15; Gl 5:22-23; At 2:42; Hb 10:24-25; Mt 5:16; Jo 15:5; 1 Jo 1:9
Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens. Ele reconcilia os pecadores com Deus, o Pai através de Sua vida sem pecado, em sua morte substitutiva na cruz e ressurreição. Cristo é o cumprimento das profecias messiânicas do Antigo Testamento, revelando o plano de redenção de Deus para a humanidade. Sua obra mediadora oferece perdão dos pecados e acesso direto ao Pai para todos os que creem, sem necessidade de intermediários humanos.
1 Tm 2:5; Hb 9:15; Jo 1:14; Hb 7:25; Ef 2:18
O batismo por imersão é uma prática cristã onde o indivíduo é completamente mergulhado na água, simbolizando a morte para o pecado e o renascimento espiritual em Cristo. Seguindo o exemplo de Jesus Cristo no rio Jordão e a prática da igreja primitiva, o ato de descer na água representa a morte para o pecado e emergir simboliza a ressurreição para uma nova vida em Cristo. É um testemunho público de fé e compromisso pessoal com Jesus como Senhor e Salvador, obedecendo ao mandamento de batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A imersão demonstra a identificação do crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo, unindo-o espiritualmente a Cristo e à comunidade cristã. O batismo por imersão não salva, mas é uma resposta de fé à salvação já recebida pela graça de Deus, através da fé em Jesus Cristo.
Mt 3:16; Rm 6:3-4; Mt 28:19-20; Ef 2:8-9
O casamento e a família são ordenanças de Deus estabelecidas na criação para refletir a união entre Cristo e a Igreja. O casamento é uma aliança sagrada entre um homem e uma mulher, destinada à companhia mútua, procriação e apoio espiritual. A família é vista como a unidade básica da sociedade e um meio de instruir os filhos na fé cristã. A liderança amorosa do marido e a submissão respeitosa da esposa refletem a ordem divina. As Escrituras enfatizam a fidelidade, o amor e o respeito mútuo no casamento como um testemunho da graça de Deus.
Ef 5:31-32; Gn 2:18, 24; Dt 6:6-7; Ef 5:22-25; Cl 3:18-21
O decreto de Deus é a expressão da Sua única vontade que é soberana e eterna pela qual Ele determina tudo o que acontece em toda sua criação, tanto no reino espiritual, quanto no reino material. Este decreto é abrangente e imutável, incluindo a criação e a redenção. Deus ordenou todas as coisas para a Sua glória e para o bem dos seus filhos.
Rm 8:28; Is 46:10, 45:7, 53:10, 43:6-7; Sl 65:4, 33:10-11; Pv 16:4, 16:1, 16:9, 20:24, 21:1, 16:33; Dn 2:21, 4:17, 4:35; Jó 14:5; Fp 2:13; Tg 4:13-15; Ap 4:11; Êx 4:11, 14:4; Lm 3:37-38; Am 3:6; At 4:27-28; Ef 1:11-12; Rm 9:17, 22-23
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade, sendo tanto o Espírito de Deus quanto o Espírito de Cristo. Ele participa da criação e da regeneração dos crentes. É enviado pelo Pai e pelo Filho para habitar nos cristãos, guiando-os em toda a verdade. O Espírito Santo capacita os crentes com dons espirituais e intercede por eles com gemidos inexprimíveis. Ele também testemunha sobre Cristo, glorificando-o.
Gn 1:2; Tito 3:5; Jo 14:26; 16:13; 1 Co 12:4-11; Jo 15:26; 16:14; Gn 1:2; Jz 3:10; Is 11:2; Is 61:1; Ez 36:27; Jl 2:28-29; Mt 3:16; Rm 8:9; 1 Co 2:10-12; Ef 4:30; Divindade (Rm 1:20; Cl 2:9)
Após a morte, a alma dos crentes vai imediatamente à presença de Deus, enquanto a dos ímpios é separada de Deus. Na ressurreição, todos os mortos ressuscitarão com corpos glorificados: os justos para a vida eterna e os ímpios para a condenação eterna. Este estado final é determinado pelo juízo de Deus, baseado na fé em Jesus Cristo e na graça divina . As Escrituras afirmam a certeza dessa ressurreição e o julgamento final como partes essenciais do plano redentor de Deus . A esperança na ressurreição é um conforto e uma garantia para os crentes em sua jornada de fé .
2 Co 5:8; Lc 16:22-23; 1 Co 15:42-44; Jo 5:28-29; Rm 14:10-12; Ef 2:8-9; At 24:15; Ap 20:12-15; 1 Ts 4:16-18
Jesus é o Filho de Deus, plenamente divino e humano, concebido pelo Espírito Santo e nascido de uma virgem, Maria. Ele viveu uma vida perfeita, morreu na cruz como sacrifício pelos pecados e ressuscitou ao terceiro dia. Sua morte expiatória é suficiente para salvar todos os que creem. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, e sua obra redentora garante a salvação eterna dos eleitos. Ele ascendeu ao céu e está à direita de Deus, intercedendo pelos crentes até sua segunda vinda.
Mt 1:18-25; Jo 1:1, 14; 1 Co 15:3-4; Rm 3:23-25; 1 Tm 2:5-6; Jo 10:28-29; At 1:9-11; Hb 7:25
Deus, o Pai, é o Criador e Sustentador de todas as coisas, governando soberanamente o universo. Ele é eterno, onipotente, onisciente e onipresente, realizando tudo conforme o conselho de Sua vontade. Deus revelou-se aos homens por meio de Jesus Cristo, Seu Filho, e é o Pai amoroso de todos os crentes. Ele predestinou os eleitos para a salvação e os adotou como filhos. Deus é justo e misericordioso, perdoando pecados através do sacrifício de Cristo.
Gn 1:1; Hb 1:3; Sl 90:2; Ef 1:11; Jo 14:9; Rm 8:15; Ef 1:4-5; Sl 103:8; Rm 3:26
Os dons espirituais são habilidades concedidas pelo Espírito Santo para a edificação da igreja. Esses dons são diversos e incluem sabedoria, conhecimento, fé, cura, milagres, profecia, discernimento, línguas e interpretação de línguas. Todos os crentes recebem dons, mas a distribuição é feita conforme a vontade soberana de Deus. O propósito principal dos dons é glorificar a Deus e servir aos outros, promovendo a unidade e maturidade na fé. O uso correto dos dons deve ser caracterizado pelo amor e pela edificação mútua.
1 Co 12:4-7; 1 Co 12:8-10; 1 Co 12:11; Ef 4:12-13; 1 Co 13:1-3
Os dons ministeriais são habilidades dadas por Deus aos crentes para edificar a Igreja. Eles são vistos como uma expressão da graça de Deus, capacitando os membros do corpo de Cristo a servirem uns aos outros de maneira eficaz e para a glória de Deus . Esses dons incluem, mas não se limitam, aos dons de ensino, pregação, pastoreio, administração e misericórdia (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres). Todos os dons são igualmente importantes e devem ser usados em amor e humildade, refletindo a unidade e diversidade do corpo de Cristo .
Ef 4:11-12; Ef 4:13; Ef 4:14-16; 1 Co 12:4-7; Rm 12:6-8; 1 Pe 4:10-11; 1 Co 12:12-27
A unidade do Corpo de Cristo, enfatiza que todos os cristãos são membros de um único corpo espiritual, independente de suas denominações ou culturas, ligados pela fé em Jesus Cristo. Esta unidade é essencial para a missão global da Igreja, promovendo colaboração, humildade e serviço mútuo para alcançar o mundo com o Evangelho . A diversidade de dons e ministérios fortalece o corpo, refletindo a multiforme graça de Deus . A unidade não significa uniformidade, mas uma harmonia na diversidade, guiada pelo Espírito Santo.
Ef 4:4-6; 1 Co 12:12-27; Rm 12:4-5; 1 Co 1:10
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